Após ocupar prédios do Ministério da Fazenda, movimento promove novos protestos exigindo avanços na política fundiária brasileira.
No "Brasil de Fato"
Da Redação
Após realizar a ocupação de diversas instalações do Ministério da Fazenda em todo o país, o MST segue promovendo manifestações em prol de avanços na política de reforma agrária e contra o ajuste fiscal promovido pelo governo federal. Na tarde desta terça-feira (4), cerca de 7 mil trabalhadores rurais marcharam pelas ruas de Rio Bonito do Iguaçu (PR) na luta contra a empresa de celulose Araupel.
Há mais de um ano, cerca de 3 mil famílias reivindicam a desapropriação da fazenda Rio das Cobras para fins de reforma agrária. A Araupel alega ser dona da área, porém diversos documentos do Incra e do poder judiciário indicam que a área foi grilada.
Os Sem Terra denunciam a "aliança entre a empresa e os meios de comunicação local, que desde o início procuram deslegitimar a luta das famílias".
Em Pernambuco, cerca de 300 famílias ocuparam o Engenho Alegrete na manhã de ontem, no município de Água Preta. O Engenho é de propriedade da Usina Pumati, área que está sendo reivindicada pelos Sem Terra para destinação da reforma agrária.
Jornada
Desde segunda (3), milhares de Sem Terra realizam mobilizações em todo o país na Jornada Nacional de Luta pela Reforma Agrária. Diversos prédios do Ministério da Fazenda amanheceram ocupados por milhares de Sem Terra em todo o país.
O MST denuncia "a paralisação da reforma agrária no país, agravada ainda mais com o ajuste fiscal do governo federal, que cortou quase 50% dos recursos da reforma agrária - de R$ 3,5 bilhões sobraram apenas R$ 1,8 bilhão".
Dez estados mais o Distrito Federal tiveram suas sedes do Ministério ocupadas. Além das instalações da pasta, diversas outras mobilizações, como ocupações de terras, trancamento de rodovias e ferrovias e marchas pelas cidades estão ocorrendo pelo país. Ao todo, 18 estados estão mobilizados, além da capital federal.
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